“A literatura infantil é uma pedagogia do coração.”
Gláucia de Souza
A literatura infantojuvenil tem o poder de tocar os corações e mentes dos jovens de maneira única, abordando temas sensíveis de forma acessível e cativante. A Editora FTD Educação oferece uma vasta gama de obras e autores que nos permitem explorar e trabalhar com nossos estudantes questões importantes, como racismo, bullying e amor. Vamos conhecer quatro formas poderosas de utilizar essas obras para enriquecer nossa experiência em sala de aula:
1. Combater o Racismo:
O livro ilustrado Gente de cor cor de gente, de Maurício Negro, utiliza o termo “pessoas de cor” como ponto de partida para abordar temas essenciais, como preconceito, aceitação e pluralidade. A cada página, os leitores encontram dois personagens: um com pele negra e outro com pele de outra tonalidade. Juntos, eles experimentam momentos de fome, frio, medo, calor, irritação, diversão e alegria. A mensagem central do livro é que, independentemente da pigmentação da pele, todos os seres humanos partilham as mesmas inquietações, aspirações, alegrias e tristezas.
2. Abordar o Bullying:
A narrativa de Alessandro, um jovem italiano da Sicília, poderia facilmente se desenrolar em uma escola brasileira. Ele é um rapaz agressivo que hostiliza seus colegas sem perceber que está praticando o bullying, e também causa transtornos aos professores e funcionários da escola, agindo como se fosse o dono do lugar. Contudo, um dia, um incidente dramático altera a vida de todos, especialmente a dele.
Nesta trama, o livro intitulado Eu, valentão, escrito por Giusi Parisi, da Itália e publicado no Brasil pela FTD Educação, aborda a problemática do bullying sob a perspectiva do agressor. Esta abordagem esclarecedora nos ajuda a compreender que tanto as vítimas da agressão quanto os que a praticam necessitam de apoio. Fica evidente que uma solução para esse problema deve ser baseada na compreensão e no acolhimento mútuo.
3. Falar sobre Natureza e Sustentabilidade:
Quanto vale a vida? Quanto vale a vida de um rio? “Junto à cabeceira, homens brancos instalam máquinas, arrancam árvores, ferem o solo, sujam minhas águas e ameaçam meus peixes”, queixa-se o rio, que se descontrola, enche, alaga e depois seca. O indígena Uala tenta salvar seu amigo. Frei Betto escreveu Uala, o amor quando foi preso político, na década de 1970, numa época em que pouco se falava de ecologia, muito menos de sustentabilidade. Seu engajamento com os indígenas não é menor: conviveu com os Apurinã, na fronteira do Acre com o Amazonas e foi amigo de um cacique Xavante.
4. Fomentar a Solidariedade e a Empatia:
No primeiro dia de aula, uma turma se reúne para conversar sobre um problema que voltou a assolar o Brasil: a fome. Com muita empatia, a turma tem uma ideia de que vai reverberar pela escola toda. Este é um tema relevante, especialmente no contexto atual de nossa sociedade, é trazido pelo livro Quem compartilha multiplica, de Fernando Carraro. A narrativa destaca que pequenas ações de generosidade e compaixão podem gerar um impacto significativo na sociedade e é um lembrete oportuno de como todos nós podemos contribuir para a construção de um mundo melhor ao compartilhar e multiplicar o cuidado e a ajuda ao próximo.
Nossa jornada com a literatura infantojuvenil da editora FTD Educação nos lembra que as palavras podem curar, inspirar e transformar. Ao explorar essas quatro formas de trabalhar temas sensíveis em sala de aula, procuramos orientar mentes jovens para um mundo mais justo, empático e amoroso. Através dessas histórias, nossos estudantes podem não apenas entender, mas também abraçar as diferenças e desafiar as injustiças, tornando-se cidadãos ativos em busca de um mundo melhor.