Saiba como a avaliação educacional se torna crucial para diferenciar escolas, garantir qualidade e promover o sucesso dos estudantes por meio de métodos clássicos e inovadores.
No cenário da tecnologia acelerada, da ampliação do tempo integral dos estudantes nas escolas e a pressão pela aprendizagem significativa, as escolas nos últimos anos vêm enfrentando cada vez mais desafios para provar seu valor.
Tanto as famílias quanto os estudantes se preocupam com temas como diferenciação, qualidade e probabilidade de sucesso dos estudantes, ao passo que esses dados e essas estatísticas também compõem o imbricado tecido educacional, seja no nível local, seja no nível nacional.
Pensar a escola, a aprendizagem e a avaliação educacional hoje, significa pensar o ensino de um lugar diferente, um lugar onde a expressão “ensino e aprendizagem por evidências” ganha mais espaço e reitera a necessidade de uma nova escola, mas também de novos processos de avaliação da aprendizagem, seja nos formatos clássicos, seja nos formatos mais inovadores de simulados e outras avaliações em larga escala.
É um cenário desafiador, mas muito instigante, pois com a aplicação de avaliações modeladas por abordagens de larga escala, a escola tem muitos ganhos e eles se convertem em diferenciais competitivos na comunidade onde a escola se situa.
Esses ganhos vêm acompanhados de uma melhor consciência e um melhor protagonismo do estudante sobre seu próprio processo de aprendizagem, indicadores precisos sobre o que o estudante pode desenvolver e aprender mais, indicadores de evolução e de aprendizagem, da escola, das turmas e até mesmo por estudante.
Além dessas vantagens, as avaliações, como simulados e avaliações de aprendizagem que se alinham com grandes avaliações nacionais, por exemplo o Saeb e o Enem, adicionam à escola um caráter de validação ou prova social, que asseguram às famílias um indicador de qualidade na aprendizagem. Essa prova social pode ser usada em material de marketing, por exemplo, para garantir as rematrículas ou ampliar a prospecção de novos estudantes.
Outro aspecto importante nesse contexto é o suporte aos professores, especialmente àqueles designados para o desafio da Matemática ou da Língua Portuguesa, cujos componentes curriculares são mantidos até o Ensino Médio e agregam um alto volume de carga horária.
Para esses e todos os demais componentes curriculares, é necessário identificar exatamente onde o estudante apresenta dificuldade de aprendizagem e onde a escola e o professor devem concentrar esforços para adensar a aprendizagem e a compreensão profunda dos conhecimentos e habilidades.
Dar conta dessa tarefa sem o suporte de uma plataforma de análise de dados de aprendizagem é um esforço gigantesco e sujeito ao erro humano com maior frequência e risco.
A conjunção desses fatores de avaliação educacional ainda sugerem um outro aspecto que deve despertar atenção das escolas: muitos estudos comprovam que no contexto laboral, os estudantes com melhores resultados e desempenho, combinado com um estilo de vida equilibrado, tendem conquistar e manter uma carreira profissional mais estável, com melhores oportunidades de mobilidade e remuneração, incluindo as recentes carreiras globais ou digitais, onde a pessoa pode trabalhar para empresas em qualquer parte do mundo e estar em um lugar diferente geograficamente, pois o diferencial é a qualidade do conhecimento adquirido, a capacidade crítica e as habilidades. A escola que ainda opta por um modelo de avaliação tradicional pode ter eventualmente mais dificuldade em se posicionar nesse campo.

Estudos de mercado, observatórios de inovação em educação e pesquisas acadêmicas vêm dando cada vez mais atenção ao tema da avaliação nos últimos anos, o que deixa uma instigante pergunta a ser respondida pela escola: o que estamos fazendo de novo e melhor no processo avaliativo de nossos estudantes?
Responder a essa pergunta exige um olhar muito complexo para o projeto pedagógico, para a formação docente, para a gestão, para as estratégias de marketing e sobretudo para a percepção de valor da escola, se comparada com outros concorrentes.
Esta abordagem da avaliação educacional como um componente especial dentro dos processos de ensino e aprendizagem gera conforto nas famílias quanto à expectativa do que as crianças e os jovens deveriam estar aprendendo, mas também gera a percepção de que a escola é capaz de avaliar com profundidade, clareza e critérios justos, na perspectiva do desenvolvimento e da aprendizagem para um sujeito hábil em aprender, mas sobretudo, capaz de criar.
*Este artigo foi desenvolvido pela equipe de Avaliação Educacional da FTD Educação.