Família

Saiba como incentivar o aprendizado de Inglês sem saber o idioma 

Por Maiara Lima

Estimativa de leitura: 5min 37seg

5 de julho de 2023

Apoie a aprendizagem das crianças com pequenas atitudes no dia a dia. 

Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das crianças faz parte da rotina de mães, pais e cuidadores, que entre muitas responsabilidades também ajudam e apoiam na hora da lição de casa. 

Mas e quando essa tarefa é de Língua Inglesa, ou outro idioma, o qual não dominamos, será que é possível continuar apoiando e incentivando esse aprendizado? 

A aquisição da linguagem se dá no contato entre pessoas, afinal é na interação com os outros que as crianças começam a ver sentido no mundo e a expressar as suas descobertas, por isso a família tem um papel fundamental nesse percurso, seja para aprender a língua materna ou um novo idioma. 

Você já ouviu aquela máxima de que o cérebro da criança é como uma esponja? Pois é, durante a primeira infância, que vai até os 6 anos, a evolução do cérebro acontece a uma velocidade incrível – chegando a 1 milhão de conexões entre neurônios por segundo – ainda mais com estímulos e interações com a família e outras crianças.  

Isso faz com que esse seja o momento ideal para as crianças aprenderem inglês, ou outra língua, e para garantir que você tenha segurança para acompanhar esse processo de aprendizagem reunimos algumas dicas e estratégias que permitem que contribua nesse momento. 

Reprodução: Freepik 

Não é preciso que nenhum integrante da família saiba inglês, o importante é que haja incentivo, apoio e estímulo às atividades em que a criança desejar se engajar. 

O primeiro passo é demostrar interesse pelo que a criança está aprendendo. Explore o livro didático com a criança, pergunte o que ela já sabe ou está mais animada para aprender, e use a internet para pesquisar mais sobre o tema, procurando vídeos e músicas adequados para cada faixa etária para assistirem juntos. 

“A família pode ajudar a criança a ganhar autoconfiança para usar o inglês se envolvendo com ela em brincadeiras, músicas ou atividades corporais. E não é preciso que nenhum integrante da família saiba inglês, o importante é que haja incentivo, apoio e estímulo às atividades em que a criança desejar se engajar.” comenta Danielle Sales, editora sênior da área de Bilinguismo da StandFor, selo de Língua Inglesa da FTD Educação.  

Reprodução: Giphy 

Se a criança quiser mostrar uma música e dança que aprendeu, por exemplo, é possível colocar o áudio para cantar e dançar junto. Se a criança demonstrar interesse em reler um livro que já leu na escola, os pais ou responsáveis podem procurar por essa leitura e depois explorar a história, mesmo que seja em português, perguntando qual é o personagem favorito, qual o melhor trecho da história, entre outras curiosidades. 

Aproveitar momentos do cotidiano para incentivar a criança a praticar o inglês também é uma ótima maneira de estimular o contato com outra língua. Use a diversão ao seu favor e transforme idas ao supermercado ou passeios no parque, em uma oportunidade para explorar elementos do dia a dia e da natureza perguntando sobre alimentos, cores, animais e o que mais for do interesse das crianças. 

Reprodução: Freepik 

Muitas palavras em inglês já fazem parte do nosso dia a dia e esse pode ser um ponto de partida para ter momentos de troca com as crianças. 

Contudo é muito importante que a família não confunda incentivar com cobrar algo das crianças. “O incentivo é visto como algo positivo e a cobrança é vista como uma coisa negativa. A família precisa encarar o processo de aprendizagem do inglês com naturalidade, sem penalizar ou cobrar a criança. Um ponto muito importante é não chamar atenção da criança caso se depare com situações em que ela não se expressa de acordo com suas expectativas, cometendo falhas ou erros. Nesses casos, é importante lembrar que a criança está em processo de aprendizado e que ela precisa de um espaço seguro para errar e tentar novamente,” reforça Danielle. 

É preciso que os adultos se coloquem na posição de ouvintes para que as crianças fiquem à vontade para contar histórias, descobertas ou brincadeiras que aconteceram em aula e que trazem traços de outras culturas.  

Para Danielle, que faz parte do Special Interest Group de Bilingual Education do Braz-Tesol, a maior associação de professores de língua inglesa do Brasil, outro ponto muito importante nessa jornada é garantir a segurança socioemocional durante o aprendizado. 

“Os adultos têm um papel fundamental durante o aprendizado de inglês das crianças. Mesmo que não falem o idioma, é muito importante demonstrar interesse no que elas estão aprendendo e também apoiá-las durante esse processo de aprendizagem. Quando o adulto age dessa maneira, a criança vai se sentir confiante e, consequentemente, vai se aperfeiçoando no idioma ao longo do tempo. O contrário pode causar traumas em relação ao inglês por toda a vida,” ressalta a especialista. 

Você deve se lembrar de como é ser um estudante e se sentir constrangido ou envergonhado quando alguém perguntava alguma coisa, não é mesmo? Evite que isso aconteça com as crianças para que associem o aprendizado a algo positivo.  

Se sentir que a criança tem vergonha de falar diretamente com você ou outro adulto, incentive-a para que escolha um brinquedo favorito para quem pode contar tudo que aprendeu naquele dia ou semana. Todos esses pequenos gestos fazem com que as crianças se sintam mais à vontade para explorar o idioma e por consequência se sintam mais seguras ao praticá-lo. 

E os adolescentes? 

No caso dos adolescentes, mesmo se tratando de um estágio de desenvolvimento bastante diferente, também é possível que os pais apoiem o processo de aprendizado. “Nesse estágio, a estratégia ideal é incentivar o aluno a utilizar a língua de outras maneiras, por exemplo, apoiando os filhos adolescentes em projetos, incentivando a consumir produções culturais, como filmes e publicações em inglês para que possam interagir cada vez mais em uma sociedade globalizada e multicultural. Com a prática significativa da Língua Inglesa, os alunos adolescentes vão se sentir cada vez mais motivados a continuarem aprendendo a língua”, assegura Danielle.

Há mais de 10 anos, atua como jornalista, produtora de conteúdo e entusiasta da Educação. Ama cultura pop e falar pelos cotovelos.
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