Você sabia que uma pessoa pode ter dívidas sem estar endividada?
O problema do endividamento é gravíssimo no Brasil e no mundo, porque ele acaba limitando o acesso das pessoas a bens e serviços fundamentais para a qualidade de vida. Quando o Léo e eu começamos em 1999, a jornada em busca de reverter a nossa situação financeira construindo renda passiva e sonhando com a sustentabilidade financeira, o Léo estava endividado. Ele trabalhava, recebia o dinheiro, mas tinha de pagar juros de vários empréstimos e isso dificultava bastante o início dos investimentos.
Mas tivemos a lucidez de estudar, escutar diversas pessoas financeiramente bem-sucedidas e usar o processo de quitar as dívidas para entender os comportamentos, crenças limitantes e as ações que nos aproximavam dos objetivos traçados. Afinal de contas, tínhamos muitos sonhos: casar, ter filhos, ter tempo livre para curtir a vida e a nossa família, é claro.
Então, posso afirmar que as dívidas foram boas, porque ao quitá-las subimos degraus de autoconhecimento e educação financeira. E, além disso, aprendemos a usar o crédito para crescer financeiramente, e é sobre isso que quero tratar aqui.
Quando alguém acredita que você é capaz de devolver o dinheiro emprestado, fica mais fácil conseguir o adiantamento. Então, manter um bom histórico de pagamento é fundamental! É o chamado cadastro positivo que, desde 2019, começou a ganhar força com a alteração da Lei 12.414/2011. Com acesso à crédito é possível comprar itens que vão aumentar sua renda e seu patrimônio ao invés de diminuir.
É simples, quando você pega dinheiro emprestado para consumir itens como carros, por exemplo, você está comprando algo que vai tirar dinheiro do seu bolso mensalmente com custos de combustível, manutenção, estacionamento, IPVA, seguros e etc. Porém, a não ser que você use esse carro para gerar dinheiro trabalhando como motorista de aplicativos ou para ganhar dinheiro alugando esse carro para alguém, essa compra pode ser financeiramente prejudicial.
É claro que existem outras razões para se ter um carro, além de questões emocionais e sociais que precisam ser avaliadas nas decisões de consumo, não é apenas uma análise buscando vantagem financeira. Mas quis contextualizar uma possível dívida financeiramente ruim ou boa, com o exemplo de um carro, para que possa ficar mais fácil entender como uma dívida poderia ser algo financeiramente positivo.
Em nossa jornada, o Léo usou consórcios de imóveis para comprar apartamentos em regiões mais baratas, que foram sendo alugados e, com o dinheiro dos aluguéis, pagava as prestações. Isso nos ajudou a aumentar nosso patrimônio. Foi preciso avaliar o valor dos juros, no caso dos consórcios, da taxa de administração, dos custos embutidos, do valor de retorno do aluguel e da localização do imóvel. Para ter bons resultados financeiros é necessário estudar, entender, pesquisar, pois é assim que se ganha dinheiro com investimentos. Não é uma questão de sorte.
As pessoas gastam muito tempo pesquisando quando querem comprar bens, como uma geladeira ou uma TV, mas não dedicam tempo para aprender a fazer o dinheiro trabalhar para elas. Esse é um paradigma que gostaria de incentivar você a mudar.
É possível gerar dinheiro trabalhando e dedicando tempo, mas também é possível pegar parte desse dinheiro e investir para gerar renda passiva.
Com o passar do tempo, a quantidade de dinheiro que você ganha vai aumentando e você vai conquistando mais liberdade para tomar decisões de como viver. Ter renda extra que não depende da sua dedicação diária de tempo afeta diretamente em seu lazer, sua saúde, alimentação, na possibilidade de contribuir e ajudar pessoas. Enfim, amplia seu poder de escolha.
Se você está endividado, busque ajuda e reverta essa situação. Identifique se o que gerou a dívida foram comportamentos do dia a dia ou algo inusitado como uma doença ou um desastre.
Mude sua realidade com os aprendizados do processo de quitar essa dívida. Vale a pena e será libertador! Até a próxima.