24 patrimônios da humanidade Brasil
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24 Patrimônios da Humanidade que ficam no Brasil 

Por Maiara Lima

Estimativa de leitura: 20min 29seg

27 de fevereiro de 2025

Descubra um destino inesquecível em 2025: explore 24 Patrimônios da Humanidade e viva experiências únicas!

Um patrimônio é algo com valor e importância reconhecidos, que deve ser protegido e preservado, sendo transmitido de uma geração para outra. E aqui, em nosso país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, o que não faltam são maravilhas e motivos para preservá-las.  

De cidades históricas, castelos e catedrais a montanhas magníficas, florestas tropicais e oceanos, os maiores tesouros do mundo pertencem a toda a humanidade. Esta é a nossa herança em comum, mas que está constantemente sob ameaça, seja de desastre natural, seja guerra, seja mudança climática.  

Por isso, desde 1972, a Organização das Nações Unidas para a Educação, para a Ciência e para a Cultura (Unesco) busca encorajar a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural e natural ao redor do mundo considerado de valor excepcional para a humanidade por serem fonte de vida e inspiração.  

Só aqui no Brasil temos mais de 20 patrimônios listados, representando nosso legado do passado, o que vivemos hoje e o que desejamos passar para as gerações futuras. Conheça cada um deles nesse artigo e escolha um destino para explorar esse ano. 

O que é um patrimônio da humanidade

Os patrimônios da humanidade ajudam a preservar a identidade de um povo, fortalecendo o sentimento de pertença e a autoestima, contribuindo para a manutenção da diversidade cultural e natural do planeta e ajudando a promover o desenvolvimento sustentável por meio do turismo cultural e ecológico.  

Esses patrimônios mundiais, também chamados de sítios, podem ser prédios, monumentos, paisagens ou cidades, divididos em patrimônios culturais, patrimônios naturais e patrimônios mistos. 

1. Patrimônio Cultural 

O patrimônio cultural engloba todos os bens materiais e imateriais que possuem um valor histórico, artístico, arqueológico, científico ou cultural de uma sociedade. Esse tipo de patrimônio representa a memória coletiva de um povo, suas tradições, costumes e modo de vida, podendo ser um monumento, uma obra de arte, um objeto de artesanato ou até mesmo um festival, uma dança, uma língua ou uma iguaria da culinária. 

2. Patrimônio Natural 

O patrimônio natural abrange os elementos da natureza que possuem um valor excepcional para a humanidade, seja por sua beleza, raridade ou importância ecológica, incluindo tanto formações geológicas quanto hábitats de espécies animais e vegetais, como montanhas, cavernas, geleiras, vulcões, desertos, florestas, recifes e manguezais. 

3. Patrimônio Misto 

Já o patrimônio misto, como o próprio nome diz, combina elementos culturais e naturais, com áreas moldadas pela interação entre o homem e a natureza, como campos agrícolas, jardins históricos, cidades antigas ou ruínas localizadas em parques nacionais ou reservas naturais.  

Hoje, 195 países aderem à Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco com a missão comum de identificar e salvaguardar o patrimônio natural e cultural mais significativo do mundo, somando 1223 sítios de valores culturais extraordinários. 

Para entender melhor como nasceu a ideia de criar os Patrimônios Mundiais confira o vídeo da Unesco: 

Conheça 24 patrimônios da humanidade que ficam no Brasil 

Se você deseja fazer uma imersão nos diferentes momentos da história do Brasil, enquanto descobre histórias únicas e explora nossa diversidade, visite um dos destinos que fazem parte dos nossos Patrimônios Culturais

1. Sítio Roberto Burle Marx – Rio de Janeiro (Data de inscrição: 2021) 

Foto: Diego Rodriguez Crescêncio – IPHAN 

Primeiro jardim tropical moderno a ser inscrito na Lista do Patrimônio Mundial, a propriedade localizada no Rio de Janeiro incorpora um projeto bem-sucedido desenvolvido ao longo de mais de 40 anos pelo arquiteto, paisagista e artista Roberto Burle Marx.  

Inspirado em ideias modernistas o local é um “laboratório de paisagens” para criar “obras de arte vivas” usando plantas nativas. Com formas sinuosas, arranjos arquitetônicos de plantas, contrastes de cores, uso de plantas tropicais e de elementos da cultura popular tradicional, o Sítio Roberto Burle Marx é um exemplo de preservação ambiental e cultural.  

2. Sítio Arqueológico Cais do Valongo – Rio de Janeiro (Data de inscrição: 2017) 

Lavagem do Cais do Valongo. Foto: João Maurício Bragança 

Na antiga área portuária do Rio de Janeiro, o Sítio Arqueológico Cais do Valongo representa a trágica e cruel história da escravidão. Durante os mais de três séculos de regime escravagista, o Brasil recebeu cerca de quatro milhões de africanos escravizados e cerca de um milhão deles chegaram ao continente pelo Cais do Valongo. O local é o vestígio físico mais importante da chegada dos africanos escravizados ao continente americano e uma simbologia a todos os brasileiros, em especial os afrodescendentes.  

3. Conjunto Moderno da Pampulha – Minas Gerais (Data de inscrição: 2016) 

Foto: Marcílio Gazzinelli 

Foto: Marcílio Gazzinelli 

Primeiro bem cultural a receber o título de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno, o Conjunto Moderno da Pampulha foi o centro de um projeto visionário de cidade-jardim criado em 1940 em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Projetado em torno de um lago artificial, o centro cultural e de lazer conta com edifícios concebidos pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em colaboração com artistas inovadores, reunindo em um só local arquitetura, paisagismo, escultura e pintura repletas de inspirações da arquitetura moderna.  

4. Paisagens Cariocas entre a Montanha e o Mar – Rio de Janeiro (Data de inscrição: 2012) 

CORCOVADO CRISTO REDENTOR FRENTE E PARQUE NACIONAL DA TIJUCA VISTA OESTE - Ruy Salaverry
Corcovado Cristo Redentor e Parque Nacional da Tijuca Vista oeste – Foto: Ruy Salaverry.

Olha que coisa mais linda, mas cheia de graça… quem nunca ouviu falar da Garota de Ipanema e do Rio de Janeiro, não é mesmo? Em 2012, a cidade passou a ser a primeira área urbana no mundo a ter reconhecido o seu valor universal. Famosa internacionalmente, a paisagem cultural do Rio é única no mundo e representa a harmonia entre a paisagem natural e a intervenção do homem, sendo reconhecida também por ter sido inspiração artística para músicos, paisagistas e urbanistas. O local abrange os principais elementos naturais que moldaram e inspiraram o desenvolvimento da cidade: dos pontos mais altos das montanhas do Parque Nacional da Tijuca até o mar. Eles também incluem o Jardim Botânico, o Morro do Corcovado com sua célebre estátua de Cristo, e as colinas ao redor da Baía de Guanabara, incluindo as extensas paisagens projetadas ao longo da Baía de Copacabana que contribuíram para a cultura de vida ao ar livre da cidade.   

5. Praça de São Francisco na cidade de São Cristóvão – Sergipe (Data de inscrição: 2010)

praça de São Francisco-SE
Foto: Acervo Iphan 

Primeira capital do atual Estado de Sergipe, São Cristóvão foi fundada em 1590, sendo considerada a quarta cidade mais antiga do Brasil. Sua Praça de São Francisco é um espaço aberto quadrilátero cercado por edifícios antigos, como a Igreja e o convento de São Francisco, a Igreja e a Santa Casa da Misericórdia, o Palácio Provincial e casas que remontam aos séculos XVIII e XIX criando uma paisagem urbana que reflete a história da cidade desde sua origem.  

A Praça São Francisco representa o testemunho único do período durante o qual as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas, entre 1580 e 1640, sendo o complexo franciscano um exemplo da arquitetura típica da ordem religiosa desenvolvida no nordeste do Brasil. 

6. Centro Histórico da Cidade de Goiás – Goiás (Data de inscrição: 2001) 

Foto: Wagner Araújo 

A cidade de Goiás é testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central nos séculos XVIII e XIX e por isso foi reconhecida como patrimônio. O conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições do local, que tem suas origens ligadas à história das bandeiras que partiram principalmente de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro.  

7. Centro Histórico da Cidade de Diamantina – Minas Gerais (Data de inscrição: 1999) 

Foto: Nelson Kon 

Uma vila colonial no meio de montanhas rochosas inóspitas, Diamantina em Minas Gerais representa as façanhas dos garimpeiros de diamantes no século XVIII e testemunha o triunfo do esforço cultural e artístico humano sobre o meio ambiente. A cidade demostra como os aventureiros à procura de riquezas e os representantes da Coroa Portuguesa adaptaram os modelos europeus à nossa realidade criando uma cultura original. 

8. Centro Histórico de São Luís – Maranhão (Data de inscrição: 1997) 

São Luis Maranhão.
Foto: Bento Viana

 O centro histórico de São Luís é um exemplo de cidade colonial portuguesa adaptada às condições climáticas da América do Sul, e que tem conservado seus edifícios integrados ao ambiente que o cerca. Repleta de história, seu núcleo original, fundado pelos franceses em 1612, foi ocupada pelos holandeses antes de ficar sob o domínio português, preservando o plano original de ruas retangulares e tornando este um exemplo notável de uma cidade colonial ibérica. 

9. Parque Nacional Serra da Capivara – Piauí (Data de inscrição: 1991) 

Baixao dos Canoas Serra da Capivara
Foto: Joaquim Neto 

O Parque Nacional da Serra da Capivara é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade por preservar vestígios das mais antigas comunidades humanas da América do Sul. O local é decorado com pinturas rupestres, algumas com mais de 25 mil anos, e foi criado em 1979, para preservar esses vestígios arqueológicos.  

Com uma área de aproximadamente 130 mil hectares, o parque está localizado no Piauí e ocupa parte dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias, onde foram localizados cerca de 400 sítios arqueológicos, a maioria com painéis de pinturas e gravuras rupestres de grande valor estético e arqueológico. A área também faz parte de um dos 63 parques nacionais do Brasil e está entre as dez que protege a caatinga, sendo constituída de quase 40% da caatinga protegida no país.  

10. Brasília – Distrito Federal (Data de inscrição: 1987) 

Foto: Richard Veillon 

Um marco na história do planejamento urbano, Brasília, a capital criada no centro do país em 1956, foi o primeiro conjunto urbano do século XX a ser reconhecida pela Unesco, em 1987, como Patrimônio Mundial. 

Concebida, projetada e construída entre 1957 e 1960, como parte do projeto nacional de modernização do país de Juscelino Kubitschek, a consolidação de Brasília como capital do Brasil compõem um fenômeno geopolítico e social de grande desdobramento para a história brasileira. 

O conjunto urbanístico-arquitetônico, projeto do planejador urbano Lucio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer pretendia que cada elemento, desde o layout dos distritos residenciais e administrativos até a simetria dos próprios edifícios, estivesse em harmonia com o design geral da cidade, resultando em edifícios inovadores e imaginativos. 

  1. Santuário do Bom Jesus do Congonhas – Minas Gerais (Data de inscrição: 1985) 
Congonhas Santuário de bom jesus de Matozinho
Os Profetas do Mestre Aleijadinho – Santuário de Bom Jesus de Matozinhos. Foto: Pedro Motta 

No sul de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o santuário de Bom Jesus começou a ser construído na segunda metade do século XVIII e hoje é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O santuário é composto de uma igreja com um interior rococó de inspiração italiana, com uma escadaria externa decorada com estátuas dos 12 profetas; esculturas de Aleijadinho que são obras-primas da arte barroca, além contar com seis capelas que ilustram a via-crúcis de Jesus Cristo. 

  1. Centro Histórico de Salvador – Bahia (Data de inscrição: 1985) 
Centro Histórico de Salvador
Foto: Francesco Bandarin

 Como a primeira capital do Brasil, de 1549 a 1763, Salvador era um ponto estratégico da costa brasileira, centralizando as ações de Portugal, na América, e facilitando as transações comerciais com a África e o Oriente. A cidade foi um dos principais pontos de convergência das culturas europeia, africana e indígena americana dos séculos XVI a XVIII e ainda hoje conta com edifícios dos séculos XVI ao XIX, na qual se destacam os conjuntos monumentais da arquitetura religiosa, civil e militar.  

  1. Missões Jesuítas dos Guaranis – Rio Grande do Sul (Data de inscrição: 1983) 
Igreja de São Miguel das Missões
Ruínas de São Miguel. Foto: Sylvia Braga 

As ruínas de São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul, junto às ruínas de San Ignacio Miní, Santa Ana, Nuestra Señora de Loreto e Santa María la Mayor na Argentina, são os impressionantes restos de cinco missões jesuítas, construídas na terra dos guaranis durante os séculos XVII e XVIII.  

Aqui no Brasil, as ruínas estão localizadas no sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo, e são um importante testemunho da ocupação do território e das relações culturais que se estabeleceram entre os povos nativos, na maioria do grupo étnico Guarani, e missionários jesuítas europeus.  

  1. Centro Histórico da Cidade de Olinda – Pernambuco (Data de inscrição: 1982) 
Mosteiro São Bento em Olinda. Foto: Nelson Kon.
Mosteiro São Bento em Olinda. Foto: Nelson Kon. 

Fundada em 1535 com vista para o Oceano Atlântico na costa nordeste do Brasil, Olinda serviu a partir dos últimos anos do século XVI como um dos centros mais importantes da indústria da cana-de-açúcar, que por quase dois séculos foi a base da economia brasileira, e se tornou um símbolo da riqueza que adquiriu. 

Seu centro histórico é marcado por uma série de edifícios, jardins, igrejas barrocas, conventos e numerosos capelas que contribuem para o charme particular da cidade. Reconstruída após ser saqueada pelos holandeses, a paisagem traz edifícios coloniais do século XVI com fachadas de azulejos dos séculos XVIII e XIX e obras neoclássicas e ecléticas do início do século XX.  

  1. Centro Histórico de Ouro Preto – Minas Gerais (Data de inscrição: 1980) 
ouro preto - MG
Ladeira de Santa Efigênia. Foto: João Tadeu Gonçalves.  

A cidade histórica de Ouro Preto conta a história do garimpo de ouro, ali estabelecidos no final do século XVII e início do XVIII. A cidade foi o berço de artistas responsáveis pelas mais significativas obras do barroco brasileiro, e cenário da Inconfidência Mineira, movimento pela independência do Brasil em relação a Portugal, que fez, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um patrono cívico do país. 

Agora que você já conhece os principais pontos culturais do nosso Brasil, se maravilhe com as belezas do nosso país e confira os destinos que fazem parte dos nossos Patrimônios Naturais: 

16. Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – Maranhão (Data de inscrição: 2024) 

Lençóis Maranhenses
Lençóis maraenhenses. Foto: Marcos Issa 

Criado há mais de 40 anos, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é o maior campo de dunas da América Latina, cobrindo uma área de 155 mil hectares, com lagoas que enchem os olhos dos visitantes por sua beleza única. 

Com um litoral de 80 km, com praias seguidas por planícies, mais da metade de sua área é composta de dunas costeiras brancas moldadas pelos ventos e lagoas temporárias e permanentes de várias cores, formas, tamanhos e profundidades que são preenchidas na estação chuvosa.  

O local, que foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade em 2024, fica na costa leste do Maranhão, em uma zona de transição entre três biomas brasileiros: Cerrado, Caatinga e Amazônia, e tem um importante papel na conservação da biodiversidade.

Eu já tive a oportunidade de visitar os Lençóis Maranhenses e posso afirmar que é uma paisagem surreal. É um daqueles lugares que você precisa vivenciar, pois uma foto ou um vídeo não conseguem igualar a realidade. Também é um dos poucos locais turísticos do Nordeste onde o turismo realmente é ecológico, você só pode entrar com uma sacola com algo para comer e beber e tem de levar todo o lixo produzido embora, ou seja, tudo o que podemos deixar são pegadas e só podemos levar as recordações, como deveria ser sempre. 

  1. Ilhas Atlânticas Brasileiras: Reservas Fernando de Noronha – Pernambuco e Atol das Rocas – Rio Grande do Norte (Data de inscrição: 2001) 
Foto: Acervo Iphan 
Foto: Acervo Iphan 

O arquipélago de Fernando de Noronha, distrito do Estado de Pernambuco, e a Reserva Biológica do Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, ambos localizados no Atlântico Sul, tem águas ricas extremamente importantes para a reprodução e alimentação de atuns, tubarões, tartarugas e mamíferos marinhos. Das ilhas na região, Fernando de Noronha, é a que possui as maiores colônias reprodutivas de aves marinhas e de variadas e exóticas espécies de peixes, esponjas, algas, moluscos e corais. Além disso, a região tem uma paisagem marinha espetacular com um visual estonteante. 

  1. Unidades de Conservação do Cerrado: Parques Nacionais Chapada dos Veadeiros e Chapada das Emas – Goiás (Data de inscrição: 2001) 
chapada dos veadeiros
Foto: Ion Davi 

Os parques nacionais da Chapada dos Veadeiros e da Chapada das Emas são áreas protegidas do cerrado brasileiro, um dos ecossistemas tropicais mais antigos e diversificado do mundo. Por milhares de anos, esses locais serviram de refúgio para diversas espécies durante períodos de mudanças climáticas, e no futuro permanecerão sendo vitais para manter a biodiversidade da região. 

A flora do cerrado é rica, englobando entre 350 e 400 espécies de plantas vasculares por hectare, incluindo muitas plantas endêmicas, já a sua fauna contém populações de grandes mamíferos, incluindo o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, o lobo-guará, a onça-pintada, o veado-campeiro e a ema, a maior ave da América do Sul.  

  1. Complexo de Conservação da Amazônia Central – Amazonas (Data de inscrição: 2000) 
Parque Nacional do Jaú. Foto: Diego Lezama  
Parque Nacional do Jaú. Foto: Diego Lezama  

O Complexo de Conservação da Amazônia Central compõe a maior área protegida da Bacia Amazônica e seus mais de seis milhões de hectares fazem parte de uma das regiões mais ricas do planeta em termos de biodiversidade. O local tem exemplos de ecossistemas de várzea, florestas de igapó, lagos e canais que assumem a forma de um mosaico aquático em constante evolução abrigando a maior variedade de peixes elétricos do mundo. Além disso, o complexo protege espécies ameaçadas, como o peixe-pirarucu gigante, o peixe-boi da Amazônia, o jacaré-açu e duas espécies de boto-de-rio. 

Os rios da região proporcionam uma paisagem de praias de areia branca, durante a estação seca, e floresta inundada, durante a estação chuvosa, tendo como característica marcante seus rios de cor escura, devido a ácidos orgânicos liberados na água por meio da decomposição da matéria orgânica e a ausência de sedimentos terrestres.  

O complexo abriga ainda relíquias do início da ocupação humana na região amazônica, tendo 17 sítios arqueológicos identificados na foz do rio Negro, e esculturas de pedra que reforçam o potencial de pesquisa arqueológica. 

  1. Área de Conservação do Pantanal – Mato Grosso (Data de inscrição: 2000) 
Pantanal MS
Foto: Ferraz de Lima 

A Área de Conservação do Pantanal é um conjunto de quatro áreas protegidas no canto sudoeste do Estado do Mato Grosso, que engloba o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e as Reservas Particulares de Proteção Natural de Acurizal, Penha e Dorochê, constituindo um dos maiores ecossistemas de áreas úmidas de água doce do mundo e um dos ecossistemas mais ricos em vida silvestre. 

Seu reconhecimento como patrimônio natural se deve à paisagem que, formada por ecossistemas particulares e tipicamente regionais, constitui uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do planeta. 

  1. Reservas da Mata Atlântica do Sudeste – Paraná e São Paulo (Data de inscrição: 1999)
Mico-leão-da-cara-preta, uma das espécies de macacos encontrados na Reserva da Mata Atlântica, no litoral de São Paulo e do Paraná. Foto: Celso Margraf 
Mico-leão-da-cara-preta, uma das espécies de macacos encontrados na Reserva da Mata Atlântica, no litoral de São Paulo e do Paraná. Foto: Celso Margraf 

As Reservas da Mata Atlântica Sudeste, compreendem o trecho da Mata Atlântica que se inicia na Serra da Jureia (Iguape, São Paulo) e vai até a Ilha do Mel (Paranaguá, Paraná) contendo alguns dos melhores e mais extensos exemplos de floresta atlântica do Brasil. As 25 áreas protegidas que compõem o local, somam cerca 470 mil hectares, e exibem a riqueza biológica e a história evolutiva das últimas florestas atlânticas remanescentes. 

  1. Reservas da Mata Atlântica da Costa da Descoberta – Bahia e Espírito Santo (Data de inscrição: 1999) 
Costa do Descobrimento
Costa do Descobrimento. Foto: Marcelo Anielo 

As Reservas de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento, nos estados da Bahia e Espírito Santo, consistem em oito áreas protegidas separadas contendo 112 mil hectares de mata atlântica e restingas. As florestas tropicais da costa atlântica do Brasil são as mais ricas do mundo em termos de biodiversidade, tendo sido reconhecidas pelo seu excepcional valor para a ciência e para a preservação de ecossistemas de interesse universal.  

  1. Parque Nacional do Iguaçu – Paraná (Data de inscrição: 1986) 
Cataratas do Iguaçu
Foto: Adilson Borges  

O Parque Nacional do Iguaçu possui uma das maiores e mais impressionantes cachoeiras do mundo, estendendo-se por cerca de 2.700 metros. O local é o lar de muitas espécies raras e ameaçadas de extinção da flora e da fauna, entre elas a ariranha e o tamanduá-bandeira, e as nuvens produzidas pela cachoeira promovem o crescimento de vegetação exuberante. 

A paisagem é o resultado de processos vulcânicos que datam de 500 milhões de anos, que forjaram suas impressionantes características geomorfológicas. A principal atração do Parque é o impressionante sistema de cachoeiras do rio Iguaçu famoso por sua beleza visual e acústica, que se estende por quase três quilômetros com quedas verticais de até 80 metros.  

A propriedade abriga a única bacia hidrográfica inteiramente preservada do Estado do Paraná, a bacia do Rio Floriano e o rio, nomeado em homenagem ao termo indígena para “grande água”, constitui a fronteira internacional entre a Argentina e o Brasil.  

  1. Paraty e Ilha Grande – Cultura e Biodiversidade (Data de inscrição: 2019)
paraty
Centro Histórico de Paraty. Foto: Oscar Liberal 

Nosso único patrimônio misto até o momento, a paisagem natural e a cultural abrangem seis partes componentes, incluindo quatro áreas protegidas: Parque Nacional da Serra da Bocaina, Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, Parque Estadual da Ilha Grande e Reserva Biológica da Praia do Sul, além do Centro Histórico de Paraty e do Morro da Vila Velha. A propriedade mista abriga uma impressionante diversidade de espécies animais, e o centro histórico de Paraty mantém grande parte de sua arquitetura colonial datada do século XVIII e início do século XIX, sendo um passeio rico em cultura e beleza. 

Gostou de conhecer mais sobre os tesouros culturais e naturais do nosso país? Então, aproveite para conhecer 6 curiosidades sobre o Brasil que talvez você não saiba.  

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Há mais de 10 anos, atua como jornalista, produtora de conteúdo e entusiasta da Educação. Ama cultura pop e falar pelos cotovelos.
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