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Saiba como trabalhar o Setembro Amarelo na sua escola

Por FTD Educação

Estimativa de leitura: 6min 8seg

4 de setembro de 2023

Uma campanha do Setembro Amarelo na escola pode revisitar a importância da prevenção ao suicídio e o apoio à saúde mental de estudantes, professores e funcionários.

O mês de setembro traz consigo a oportunidade de as escolas abordarem um tema sensível, porém crucial, a qual é a prevenção ao suicídio e a promoção da saúde mental. O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização que visa aumentar a compreensão sobre essas questões e incentivar a busca de apoio emocional.

Para as escolas, esse é um momento valioso para educar e apoiar estudantes, professores e demais funcionários. O assunto é rodeado por tabus e, por isso, a organização de uma campanha nas instituições de ensino é uma forma de identificar quem passa por problemas que podem desencadear o suicídio.

Se você tem interesse no assunto, continue a leitura para saber mais sobre como organizar uma campanha de Setembro Amarelo na escola e levar esse tema tão delicado para pais, estudantes, professores e demais funcionários da instituição.

O que é Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é um movimento de prevenção ao suicídio que ocorre durante todo o mês de setembro. Criada no Brasil em 2015, essa campanha tem em vista disseminar informações sobre o suicídio, desmistificar tabus relacionados à saúde mental e oferecer apoio para aqueles que estão passando por momentos difíceis.

No mês de setembro, diversas ações são promovidas, como palestras, workshops, debates, caminhadas e iluminação de monumentos com o amarelo, a fim de destacar a importância do diálogo aberto sobre saúde mental.

Qual é a origem do Setembro Amarelo?

A origem do Setembro Amarelo remonta a uma história trágica que aconteceu nos Estados Unidos. Em 1994, o jovem Mike Emme, com apenas 17 anos, cometeu suicídio. Mike era conhecido por sua habilidade em restaurar carros e, em especial, um automóvel Mustang 68, que ele pintou de amarelo. Esse detalhe rendeu-lhe o apelido de “Mustang Mike”.

O trágico evento foi um choque para sua família e amigos, pois eles não haviam percebido os problemas psicológicos que ele estava enfrentando.

No dia do velório de Mike, seus entes queridos decidiram fazer algo significativo para homenageá-lo e, ao mesmo tempo, criar um alerta para as pessoas sobre a importância de buscar ajuda em momentos de desespero.

Eles confeccionaram uma cesta cheia de cartões decorados com fitas amarelas, cada um trazendo a mensagem simples, mas poderosa: “Se você precisar, peça ajuda”. Essa ação simbólica deu origem a um movimento que alcançou pessoas que estavam enfrentando situações semelhantes e que também necessitavam de apoio.

A fita amarela, que representava a cor do carro de Mike, tornou-se o símbolo do movimento de prevenção ao suicídio. O gesto simbólico dos cartões amarelos criados pelos amigos e familiares de Mike inspirou a expansão dessa iniciativa para além das fronteiras dos EUA, levando à criação do Setembro Amarelo. 

Qual é a importância de discutir a prevenção ao suicídio?

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Essa realidade destaca a urgência de abordar esse tema de maneira franca e aberta no ambiente educacional.

A cada ano, mais de 703.000 pessoas em todo o mundo tomam a trágica decisão de tirar suas próprias vidas, e esse número é ainda mais impactante quando consideramos as tentativas de suicídio, que muitas vezes passam despercebidas.

Os efeitos do suicídio reverberam não apenas nas vidas daqueles que se foram, mas também nas famílias, comunidades e países inteiros. As cicatrizes emocionais deixadas para trás podem durar uma vida inteira.

O ambiente escolar não é apenas um lugar de aprendizado acadêmico, mas também um espaço onde os jovens desenvolvem habilidades sociais, emocionais e de resiliência. Ao abordar abertamente a questão do suicídio, as escolas podem reduzir o estigma associado a buscar ajuda e fornecer recursos para estudantes que estejam lutando emocionalmente.

Como trabalhar o Setembro Amarelo na escola?

Há várias formas de abordar o Setembro Amarelo nas escolas. As abordagens podem envolver desde pequenas rodas de conversa sobre o tema até eventos mais abrangentes, que mudem a rotina dos estudantes em todo o mês de setembro. Confira, a seguir, algumas dicas!

Palestras com especialistas

Profissionais de saúde mental ou organizações locais estarão dispostos a fornecer palestras sobre saúde mental no mês de setembro. É possível aproveitar essa oportunidade para criar um ciclo de palestras na sua instituição de ensino com psicólogos, psiquiatras e outros especialistas.

Uma programação variada de palestras, abordando diferentes aspectos da saúde mental, permitirá que estudantes, professores e demais membros da comunidade escolar tenham uma compreensão abrangente do assunto.

Grupos de apoio e discussão

A escola pode tomar a iniciativa de criar grupos de discussão ou fóruns nos quais os estudantes possam compartilhar suas experiências, preocupações e estratégias para lidar com o estresse e a pressão emocional. Esses grupos oferecem um espaço seguro para conversas abertas e podem promover a sensação de pertencimento.

Participação de estudantes e professores

É importante incentivar estudantes e professores a usarem roupas ou acessórios amarelos durante o mês de setembro para demonstrar apoio à causa. Isso cria um senso de união e mostra que a comunidade escolar está comprometida em promover a conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

Divulgar e explicar o CVV

Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio de forma voluntária, por meio de canais como telefone (ligando para 188), e-mail, chat e VoIP (chamada de voz por aplicativos do celular, como WhatsApp).

Avalie a possibilidade de organizar uma palestra ou apresentação sobre o trabalho do CVV, destacando como o auxílio oferecido pela entidade pode ser acessado e como pode ser útil para quem está passando por momentos difíceis.

Campanhas de redes sociais

Utilize as redes sociais da instituição de ensino para compartilhar informações, estatísticas, histórias inspiradoras e recursos relacionados ao Setembro Amarelo. Essa campanha pode atingir não apenas os estudantes, mas também os pais e a comunidade em geral que acompanha a escola nas redes.

Apoio contínuo

Lembre-se de que o apoio à saúde mental não deve se limitar apenas ao mês de setembro. A escola pode continuar promovendo a conscientização e oferecendo recursos ao longo do ano letivo, reforçando a importância de cuidar da saúde emocional regularmente.

Com todas essas medidas de prevenção ao suicídio, a escola criará uma cultura de cuidado mútuo e apoio que permanecerá entre os estudantes para além do Setembro Amarelo. Portanto, investir nessas ações é um passo vital na construção de um futuro mais saudável e resiliente para as gerações vindouras.

Gostou das dicas? Aproveite para compartilhar nosso conteúdo nas redes sociais e faça o Setembro Amarelo chegar a mais pessoas!

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