A importância da autodefesa na infância e no ambiente digital.

Tablet, notebook, smartphone, videogame… As crianças já nasceram conectadas e sabem muitas vezes configurar esses dispositivos com mais facilidades que os próprios pais. Mas usabilidade não significa maturidade, por isso, a presença de um adulto monitorando os horários e as interações on-line com os colegas no ambiente virtual se faz tão necessária. Porém, a educação voltada para o reconhecimento das situações de risco, autodefesa e a denúncia é extremamente importante, tanto no uso das tecnologias quando em situação presenciais. Os números realmente chamam a atenção!

Primeiro, vamos entender qual a relação das crianças com a internet: 

No Brasil, 49% das crianças interagem pela primeira vez com um dispositivo conectado à internet antes dos 6 anos e a idade média para ganhar o primeiro dispositivo conectado é de 8,5 anos.¹ 
No primeiro semestre de 2021, houve um aumento de 79% do tempo de uso da internet, em relação ao ano anterior, isso só no Brasil.² 
A principal forma que crianças e adolescentes acessam a internet é pelo celular (95%), depois vem a televisão (43%), computador (38%) e videogames (18%). O principal local de acesso à internet é em casa (91%).³ 
Os aplicativos mais baixados no mundo em 2021 foram TikTok, Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger, Zoom, Snapchat, CapCut (editor de vídeos), Telegram e Josh (concorrente do TikTok).⁴

Os números já indicam que vivemos uma outra realidade. E se o uso da internet aumentou, o mesmo vale para as interações entre os usuários, que a cada ano se tornam mais digitais. Os dados são da TIC Kids Online Brasil, de 2019: 

54% das crianças entre 9 e 10 anos enviam mensagens instantâneas. 
28% usam redes sociais.  
25% conversam por chamada de vídeo. 
91% das crianças de 11 a 12 anos afirmam saber instalar aplicativos infantis.

Ainda segundo essa mesma pesquisa, em todas as idades, os pais ou responsáveis acreditam ter um maior controle do que os filhos se sentem realmente controlados quanto a utilização da internet. Isso demonstra a relevância de manter um diálogo aberto e constante sobre o acesso à internet e de estabelecer previamente os combinados sobre sua utilização, além de se colocar disponível para auxiliar em potenciais situações de risco, qualquer que seja o motivo de ela ter acontecido ? 

15% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos já tiveram acesso a imagens e ou vídeos de conteúdo sexual. 
18% dos adolescentes já receberam mensagens de cunho sexual. 
11% dos adolescentes receberam pedidos de foto ou vídeo em que estivessem nus.

E quando olhamos para 2020, de acordo com o site Safer Net, 764 páginas da internet foram denunciadas para a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos com relação a pornografia infantil. 

Pensando nisso, o Centro Marista de Defesa da Infância, escolheu a internet e seus pontos de atenção como tema do mais recente vídeo da campanha “Defenda-se”, intitulado “Autodefesa e Segurança On-line”. Para instruir pais, filhos e a comunidade escolar sobre o assunto, uma série de materiais informativos foram criados, o foco são as crianças de 4 a 12 anos. Para saber mais, acesse: www.defenda-se.com.  

 
Este 14º vídeo “Autodefesa e Segurança Online”, traz para o centro do debate um assunto bastante relevante para pais, estudantes e comunidade escolar: o uso da internet por crianças e adolescentes. A iniciativa aborda estratégias de autodefesa contra a violência sexual por meio de uma série de vídeos educativos com linguagem acessível e amigável, apropriados para meninas e meninos entre 4 e 12 anos de idade. 

De forma didática e cuidadosa, as histórias simulam situações reais de comportamentos nocivos às crianças no contexto familiar, escolar, e em outros locais de maior convívio, e sugerem atitudes preventivas que devem ser tomadas por elas, especialmente pelo conhecimento dos seus direitos sexuais e de estratégias que dificultam a ação dos agressores. Contribuindo, assim, na quebra do ciclo de violência.  

No material, você encontra dados estatísticos sobre o tema, informações sobre a campanha e dicas de como levar o assunto para a sua escola. Para saber mais e ter acesso a outros arquivos, visite www.defenda-se.com. 